Mais dois policiais militares foram mortos a tiros no final da noite de quarta-feira (31), na Favela de Heliópolis, na zona sul da capital paulista. Com essas mortes, sobe para 89 o número de policiais assassinados este ano no estado de São Paulo. Do total, 18 eram aposentados. A quantidade de policiais militares assassinados, entre janeiro e outubro deste ano, já é 57% maior do que todo o ano passado, quando foram registradas 56 mortes.
Segundo a Polícia Militar (PM), os dois policiais foram baleados quando circulavam de motocicleta pelas ruas da favela. Eles foram levados a um pronto-socorro, mas não resistiram aos ferimentos. A assessoria de imprensa da corporação informou que o caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio da Corregedoria da Polícia Militar.
Na última terça-feira (30), o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, disse que partiu da Favela Paraisópolis, na zona sul da capital, a ordem para que seis policiais militares fossem assassinados no estado. Ele atribui as ordens a Francisco Antonio Cesário, conhecido como Piauí, preso na cidade de Itajaí (SC) há cerca de um mês pela Polícia Federal.
De acordo com o secretário, as ordens resultaram “nas primeiras mortes” da atual onda de violência, mas os motivos ainda estão sob investigação. Os assassinatos teriam ocorrido em maio. Na época, o acusado vivia na Favela Paraisópolis, que, desde segunda-feira (29), é alvo de uma grande operação policial, com a presença de cerca de 600 homens.
OPERAÇÃO
O governo paulista parece não estar disposto a recuar. Prova disso é a Operação Saturação, que contou com a participação de 300 policiais militares e já estourou uma refinaria de drogas na Rua Monte Alto, no Jardim Vera Cruz. Cinco homens e uma mulher foram presos. Na casa foram apreendidos cinco mil pinos de cocaína, 1,8 kg da droga solta e 500g de maconha.
Apesar de a operação concentrar muitos homens na zona sul a Polícia Militar continua mobilizada em toda a capital. Prova disso é que no outro extremo da cidade, na Vila Nova Cachoeirinha, um homem conhecido como “Baianinho” foi preso às 18h . Ele é foragido da justiça e suspeito de participar da morte de um policial militar. Esta é a quarta operação deflagrada pela PM nesta semana. Na última segunda-feira (29), cerca de 600 homens passaram a atuar diretamente na Favela de Paraisópolis, o que resultou na prisão de 17 criminosos, além da apreensão de armas e drogas.
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