A temperatura dessas respostas apaixonadas, em cartas, e-mails, blogs e redes sociais, ele mede com a ajuda de uma equipe de redatores e psicólogos.
Juntando tudo, se forma mais ou menos o retrato do que o público espera do enredo. No caso do amor entre a ex-dentuça e o garoto que trocava "erres" por "eles", a maioria aprovou.
Daí para o altar, foi um pulo. Quer dizer, 16 edições.
"Mais uma vez será o público que definirá o que deve acontecer a partir de agora", garante ele.
Indagado se o casamento não seria uma solução conservadora, numa época em que adolescentes preferem "ficar" a ter relacionamentos sérios, Sousa fala da sintonia com seus leitores.
"A maioria deles é conservadora, gosta de saber o que vai acontecer. Parece novela, que a gente sabe como termina, mas continua vendo."
Mônica se casa com Cebolinha em Mangá
FOLHETIM
E é como uma novelinha que o autor vê o futuro dos suas principais criações.
"Minha ideia é criar um novo folhetim em que os personagens cresçam junto com o leitor", conta.
A meta do novo projeto é atingir leitores no começo da vida adulta.
Adequações às questões dessa fase como trabalho, faculdade e relacionamentos serão o mote das tramas.
Evolução que ele tem realizado aos poucos, desde o começo da versão adolescente do quadrinho.
Cebolinha virou Cebola, e, com ajuda da fonoaudiologia, agora só troca "erres" por "eles" quando está nervoso -o que não é raro.
Sansão, o coelhinho azul de Mônica, já não resolve as diferenças entre os dois. O diálogo é que freia o ciúme.
A edição comemorativa que está nas bancas capricha nas reviravoltas. Até que o casamento aconteça, haja briga, reconciliação e muito trabalho com os preparativos da festa. sempre com a ajuda dos amigos (Cascão, Magali etc.).
Com humor, Sousa soltou nos diálogos referências à infância do casal e a episódios de quando não sabiam o tanto de amor que sentiam um pelo outro.
Enquanto a vida dos dois se desenrola na versão crescidinha da revista, a infantil segue a mil. Atualmente, as revistinhas da "Turma da Mônica" são vendidas em 44 países, traduzidas para 15 idiomas.
"Ano que vem, a personagem (Mônica) completa 50 anos de sua criação e estamos preparando uma festa de arromba", diz o autor.
É de esperar coisa grande. Só a edição com o casamento tem 132 páginas.
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