sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Em 2006 Inri Cristo já anunciava o fim do munfo



Agora que virou moda então ele não para de soltar videos sobre o assunto, aliás segundo  ele era pro mundo ter acabado em 12/12/12...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

'Pior restauradora do mundo' leiloa quadro e lances chegam a R$ 1.700

Cecilia Gímenez, de 80 anos, ficou famosa mundialmente depois de fazer uma desastrosa restauração de um afresco de Jesus Cristo do século XIX em Borja, na província espanhola de Zaragoza. Aproveitando a fama instantânea, a senhora quer vender uma de suas pinturas em um site leilões online, para arrecadar dinheiro para caridade.

Quantia obtida com a venda será revertida para instituição de caridade (Foto: Reprodução/eBay) 
Quantia obtida com a venda será revertida para instituição de caridade (Foto: Reprodução/eBay)
 
O quadro de Celília, intitulado “Las Bodegas de Borja”, representa casas de sua cidade natal, e já recebeu dezenas de ofertas no eBay, de acordo com o site “Digital Spy”. Até agora, o lance mais alto foi de R$ 1.700 pela tela da artista responsável pela “pior restauração de todos os tempos".
O leilão irá ser encerrado no próximo dia 18, e a senhora afirmou que doará toda a quantia para a instituição “Caritas”.
 
fonte: G1

Família faz acordo para retirar túmulo que ficava em prédio em construção

Parentes chegaram a um acordo para a retirada de um túmulo que tinha sido mantido em meio à construção de um prédio em Taiyuan, na província de Shanxi, na China. As obras haviam sido iniciadas mesmo depois de os familiares recusarem uma oferta de 1 milhão de iuans (R$ 340,6 mil) para remover a sepultura para outro local.

Parentes chegaram a um acordo para a retirada de um túmulo que ficava em meio à construção de um prédio (Foto: Reuters) 
Parentes chegaram a um acordo para a retirada de um túmulo que ficava em meio à construção de um prédio (Foto: Reuters)
Segundo a imprensa local, a família chegou a um acordo para a transferência do túmulo até o próximo sábado. Não foi divulgado o valor da compensação que a família irá receber. A construção do prédio havia sido iniciada há sete meses.

Construção do prédio foi iniciada há sete meses na China (Foto: Reuters) 
Construção do prédio foi iniciada há sete meses na China (Foto: Reuters)
Prédio está sendo construído ao redor de túmulo na China. (Foto: AP) 
Prédio estava sendo construído ao redor de túmulo na China (Foto: AP)
Parentes da pessoa enterrada no local recusaram uma oferta de 1 milhão de iuans (R$ 340,6 mil). (Foto: AFP) 
Parentes da pessoa enterrada no local recusaram inicialmente uma oferta de 1 milhão de iuans (R$ 340,6 mil) (Foto: AFP)
Mesmo sem acordo, construtora começou obras. (Foto: AP) 
Mesmo sem acordo, construtora tinha começado obras (Foto: AP)

fonte: G1

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Oscar Niemeyer falece, Brasil perde um gênio


Corpo de Oscar Niemeyer será velado no Palácio do Planalto, em Brasília

O arquiteto carioca, que completaria 105 anos no dia 15, morreu ontem à noite por complicações provocadas por uma infecção respiratória

 Família

Minha família vinha de Maricá [RJ]. Meu avô Ribeiro de Almeida nasceu lá. Já o meu avô Niemeyer não o conheci. Sempre morei com esse avô Ribeiro de Almeida. Ele foi juiz de direito em Maricá e depois foi para o Rio.

Ele chegou a ministro do Supremo, e a casa era muito frequentada. Ele era um sujeito correto. De modo que, em tempos de esculhambação, a lembrança dele é muito boa.  Morávamos numa casa feita para minha mãe. Embaixo ficavam o meu avô e os dois filhos. Em cima, nós: eu, minha mãe, meu pai e irmãos.

A gente vivia tranquilo, mas não éramos ricos. Depois de ser ministro, meu avô morreu deixando só uma casa hipotecada. Mas vivíamos bem, e eu lembro da casa grande, da maneira que a gente vivia.

Religião

Fui para o colégio dos padres barnabitas e lembro como resisti a essa ideia da religião, que era a católica. Tinha missa em casa. Mas nunca acreditei nessas coisas porque achava o mundo injusto e o ser humano tão frágil.

Diversões

Lembro-me de dois pianos, um no hall de entrada e outro na sala de visitas. O pessoal gostava de música, minha mãe cantava, minhas irmãs tocavam piano, eu jogava futebol na rua.

Boêmia

Morava perto do Fluminense, era o clube que frequentava.

Minha mocidade era o Fluminense, era o Clube de Regatas --cheguei a correr numa regata!--, era o Lamas [restaurante tradicional, na Lapa], onde a gente se reunia. Era feito um escritório. A gente ia para lá e jogava bilhar, batia papo, ia para a zona da Lapa.

Eu me lembro da Lapa. A gente ia ao cinema na avenida Rio Branco e me incomodava ver na orquestra um velhinho, que tocava violino.  Depois a gente pegava o bonde e saltava na Lapa. Tinha aqueles cabarés, um ar de vadiagem, de briga.

Depois, voltávamos para o Lamas. Lembro de quando tinha que acordar cedo, quem me acordava era o garçom do Lamas. Ele ligava para casa.

Às vezes, a gente tinha uma festa e, em vez de ir, ficava jogando bilhar até de manhã.

Vida adulta

Nunca me preocupei com nada até me casar, em 1928 [referindo-se ao casamento com Anita Niemeyer Soares, que morreu em 2004, aos 94 anos]. Envelhecemos juntos. Nesse período todo, eu não pude me queixar da vida.

Ao me casar, comecei a pensar na vida e entrei na escola. Lembro que fui trabalhar com meu pai, que tinha uma tipografia. Gostava de desenhar, e o desenho é que me levou à escola de arquitetura.


Anos de formação

Já era casado [quando entrei para a Escola de Belas Artes]. Quando me casei, estava ajudando meu pai. Eu tinha uma prima, uma senhora velha, que morou sempre com meus avós, que tinha uma casa. Vivíamos do aluguel da casa.

Eu trabalhava de graça para o Lucio Costa. Eu queria aprender, porque na escola ainda é assim. Durante a escola, o sujeito vai trabalhar num escritório de arquitetura, de construção, e recebe um salário que vai ajudando a passar esse tempo.

Mas eu, apesar de casado, não quis salário, queria aprender. Como me disseram que o escritório do Lucio era o melhor, foi lá que fui trabalhar e onde fiquei uns anos.

Le Corbusier, o papa

Eu conheci primeiro o Lucio [Costa]. Depois, foi o [Gustavo] Capanema [ministro da Educação e da Saúde entre 1934 e 1945]. Em seu governo, ele abriu as coisas. Surgiram Drummond, Mário de Andrade, expoentes que aquele clima provocou.

O Le Corbusier [arquiteto franco-suíço, um dos principais nomes do modernismo; 1887-1965] veio para fazer umas palestras e o projeto da Cidade Universitária.

Nesse meio tempo, o Lucio pediu para ele examinar o projeto [do Ministério da Educação e Saúde, atual Palácio Capanema, considerado marco inicial do modernismo no país, 1947]. Então, ele fez outro projeto, linear. Ele é o autor. Sempre dissemos isso. Fomos uma equipe unida.

O mais importante foi o contato que eu tive com os livros dele. Porque o que ele escreveu influenciou gerações. Depois que ele saiu daqui, me senti mais livre. Naquele tempo, a gente estava no caminho da arquitetura moderna. Ainda presos a preconceitos. Sua ideia de que arquitetura é invenção me libertou.

Projeto da sede da ONU

Fui convidado, com dez arquitetos estrangeiros, para projetar a sede da ONU. Fui como representante do Brasil e, no dia em que cheguei, o Corbusier me telefonou.

Fui encontrá-lo na Quinta Avenida. Ali ele explicou que havia dúvidas sobre o projeto dele --cada um apresentava um projeto-- e queria ver se eu ficava do lado dele.

Disse que sim, ele era o mestre mesmo. Então, fui para o escritório e comecei a ajudar.

Passaram-se os dias e o diretor do serviço me chamou e disse: "Oscar, chamei você para fazer o projeto como os outros, não para ajudar o Corbusier".

Disse: "Bom, mas eu acho que o projeto dele é o melhor". Ele respondeu: "Não, eu preciso ver o seu". Falei com Corbusier, que disse: "É melhor você fazer o seu, estão esperando".

Aí fiz, e meu projeto foi aprovado. Então ele disse que queria que botasse a assembleia no meio [como previa o projeto de Corbusier]. Eu não queria, mas ele insistiu. Sentia que estava meio constrangido.

Então apresentamos juntos nossos projetos, que foram a base para a construção.

Ele era um grande arquiteto, só isso. Era incompreendido e egoísta. Comigo ele fez uma malandragem. Mas era um grande arquiteto.  Ângulo reto x curva

Eu não tinha muito apreço pelo ângulo reto, que Le Corbusier defendia. Achava que a arquitetura feita em concreto podia ser diferente.

Quando o espaço é maior, e o vão é grande, o concreto armado sugere a curva. De modo que a curva não é coisa imposta pelo homem. É algo que surge naturalmente.

Quando fiz Pampulha, achavam que era contra o ângulo reto. Não que não o aceitasse, mas achava que era uma arquitetura mais rígida, fria, que Mies van der Rohe [arquiteto alemão, diretor da Bauhaus nos anos 1930] tão bem fazia.

Construção de Brasília

Quando cheguei lá no fim do mundo, a terra era agreste, hostil, não tinha árvore, não tinha nada.

Na época, o divertimento era a Cidade Livre. Tomávamos caipirinha, ríamos. Todos trabalhando juntos --operários, engenheiros, arquitetos--, dava a sensação de que o mundo seria melhor.

Quando inaugurou, veio a muralha separando pobres e ricos --e Brasília passou a ser uma cidade como as outras.

Por quatro anos andamos na estrada que estavam construindo. Pegávamos o carro a qualquer hora. Tive um desastre, fiquei um mês machucado e quase morri.

O avião que ia para Brasília levava três horas. Na primeira viagem do Juscelino, fui junto. Lembro de sentar ao lado do Lott [general Henrique Teixeira Lott, ministro da Guerra de Kubitschek]. Ele disse: "Dr. Niemeyer, o senhor vai projetar prédios bem clássicos para nós, não é?". Eu respondi: "General, o senhor, na guerra, prefere arma clássica ou moderna?".

Evolução de sua obra

Quando eu fui para a Pampulha, eu queria lutar contra o ângulo reto. Depois eu fui para Brasília. Mas, antes mesmo, já senti que o racionalismo não tinha sentido. Os que lutavam por racionalismo, pureza estrutural contra a arquitetura livre, mudaram.

A arquitetura de que eu gosto é: cada um faz o que quer. É a que utiliza técnica em todas as possibilidades.  Para ser arte, ela tem de primeiro ser diferente e, depois, ser uma coisa que cria espanto, beleza.

A arquitetura que faço não aceita regras. Procuro fazer lógica, funcional, mas criando, partindo de um desenho, de uma ideia, de um croqui. Mas que seja coisa diferente.

Beleza e praticidade

Acho que o prédio deve ser correto. Mas para chegar a ser uma obra de arte, ele tem de ser bonito. E, para ser bonito, tem de ser diferente, porque arte está ligada à invenção.

Agora, às vezes querem criticar e dizem: "É, é bonito, mas não funciona bem". A gente sabe que é a mediocridade querendo se defender.

Hoje a gente não pode dizer que o Memorial [da América Latina] é ruim. Dizem: "A praça podia ter árvores".

É por sacanagem, porque sabem que na França, na Itália tem praças sem nada. O povo não se informa e se deixa levar pela ideia de que parece estacionamento. Se fosse assim, praças da Europa também poderiam ser estacionamento.

É o abrigo do homem. Serve para ele trabalhar, viver. A ideia é fazer algo bonito. Beleza sempre cercou o homem. Nosso ancestral mais antigo pintava as cavernas.

A leveza é encontrada em qualquer objeto, não é uma coisa que eu inventei. A ideia é simplificar, reduzir. Na arquitetura é isso também.

Liberdade criativa

O arquiteto não pode sair para a vida como desenhista. Ele deve saber como se comportar diante do mundo.

Em livros que li encontrei a frase que é justamente a que eu gostaria de ter escrito para explicar o meu trabalho. [Martin] Heidegger [filósofo alemão] diz que a razão é inimiga da imaginação.
Isso é o que quero dizer com arquitetura. Quero dizer que coisas que limitam o trabalho do arquiteto são ruins. Ele deve ter liberdade. Não é só a razão que funciona.  Processo criativo

Às vezes tudo é tão claro que leva logo à solução. O museu de Niterói surgiu espontaneamente por ser um promontoriozinho à beira do mar, e o projeto tinha de ter só um apoio central. Então, surgiu feito uma flor, um cálice.

O Memorial surgiu também de repente. Uma vez, lá na França, estava pensando na mesquita de Argel e fiz. Levantei de madrugada e desenhei

Projetos favoritos

A Universidade de Constantine [em Argel] tem coisas de que eu gosto mais. De Brasília, do Congresso, eu gosto. Gosto quando sinto que causou espanto, causou dúvida. Do Itamaraty todo mundo gosta. Eu prefiro a praça dos Três Poderes, a Catedral.

Arquitetura soviética

Estive na União Soviética no stalinismo. Quando ia sair da cidade [Moscou], a direção da escola de arquitetura me perguntou: "Que acha da arquitetura soviética?".

Eu disse: "Estou com vocês na política, mas, nesse ponto, não tenho argumentos para defender o que fazem".

Eles até disseram: "Bom, então faça suas críticas". Disse: "Não estou aqui para criticar, mas esta universidade, por exemplo, é muito ruim". Os espaços são pequenos. A circulação é deficiente.

Um deles falou: "Por que não apresenta as críticas ao arquiteto?". Disse: "Não. Respondo ao que perguntaram".

O arquiteto [da Universidade de Moscou] tinha me dado um quadro que fez, uma paisagem, também muito ruim.

Disse o que achei, porque na União Soviética eu tinha que responder com franqueza, não? Deviam querer isso em vez de elogios, não é?

Luiz Carlos Prestes

Eu o conheci quando acomodei no escritório uns 15 comunistas que tinham saído da prisão. Eu o conheci e, 15 dias depois, entreguei a minha casa para ele e disse: "Fique com a casa, que seu trabalho é mais importante". Às vezes, um cliente reacionário telefonava, e eu respondia: Partido Comunista Brasileiro. O sujeito tomava um susto.

Fidel Castro

Ele me convidou para fazer o projeto na praça da Revolução, mas era muito difícil chegar lá. Tinha que pegar o avião na Espanha e acabei não indo. E ele disse: "Ah! Vou mandar um navio buscar o Niemeyer".

Nós temos muita afinidade. Quando ele veio aqui a última vez, ele fez uma palestra. Quando ele desceu, o prédio, que não é de comunistas, estava todo aceso e todo mundo bateu palmas para ele.

Comunismo

Sou comunista, nunca achei que tivesse acabado. É uma ideia justa, estou velho demais para mudar de ideia.

O que ocorreu na União Soviética em 70 anos foi uma evolução fantástica. Transformaram um país de mujiques em potência mundial.

Eles foram à Lua, ajudaram todos os povos em libertação. Apoiaram todos os partidos políticos. Impediram que Cuba fosse invadida. Eles não se preocuparam economicamente, e a coisa falhou.

Crise do socialismo

O que eu penso é que o ser humano não estava preparado. Quando a gente fala em uma sociedade melhor, justa, em que todos se compreendem, tudo pede que o ser humano esteja disposto.

Cuba, por exemplo, está cercada, é o cerco mais horrível da história, e o povo está lá resistindo. É porque eles seguem o exemplo de Fidel.

Uma mudança para melhor vai acontecer quando o homem compreender que é fruto da natureza. Que é um bicho, que nasce e morre.

Quando eu faço um projeto, fico quebrando a cabeça e procuro lutar por ele, mas, no fundo, quando fico sozinho, sei que não tem importância.

Como essa conversa agora: aqui, um dia, não vai ter mais ninguém também. Penso que tanto faz ser feliz ou infeliz, a vida é um sopro, um minuto.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

TPM é mito machista, segundo pesquisadora canadense

Não há evidência científica de que a maioria das mulheres fique temperamental e irritadiça na fase que antecede o período menstrual.

Pesquisadoras da Universidade de Toronto revisaram 47 estudos em língua inglesa que tentaram acompanhar alterações de humor femininas no ciclo menstrual.

Resultado: apenas sete das pesquisas mostravam uma relação direta entre mau humor e período pré-menstrual.

Coincidentemente, nenhum desses sete trabalhos que atestavam a existência da TPM tinha sido feito às cegas. Isto é: as participantes sabiam que o assunto pesquisado era TPM e podem ter sido sugestionadas.

"Existe uma crença social de que as mulheres são instáveis, mal-humoradas e irracionais na semana que antecede a menstruação. Nossa pesquisa desconstrói essa tese. Descobrimos que a tensão pré-menstrual é um mito, algo que não acontece com a maioria das mulheres", afirma Gillian Einstein (isso mesmo, é o sobrenome dela), que é professora de psicologia e saúde pública e responsável pelo estudo.

A pesquisa canadense foi feita por um grupo de cinco psicólogas e psiquiatras do Laboratório de Neurociência Cognitiva e Saúde da Mulher e publicada em outubro deste ano pela revista acadêmica "Gender Medicine".

As pesquisadoras consideram que a TPM seja uma espécie de lenda usada para diminuir as mulheres, mas não contestam a existência do transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) - doença que afeta 5% da população feminina e inclui sintomas como depressão, fadiga e insônia. Também não contestam as alterações físicas causadas pela menstruação, como cólica e inchaço. O foco do trabalho é só o humor.

"Sabemos que existe uma queda hormonal nessa fase, mas isso não é suficiente para abalar a maior parte das mulheres. Poucas das entrevistadas que foram selecionadas de modo randômico e não sabiam o objetivo da pesquisa relataram ter TPM", explica Einstein à Folha.

Para ela, a supervalorização da TPM encobre os reais motivos da irritação feminina: "Grande parte das mulheres vive em condições estressantes, com acúmulo de tarefas e falta de suporte social e econômico. É preciso ter uma visão mais crítica sobre a TPM, pensar em quem lucra com essa explicação simplista de que mulheres ficam mal de vez em quando porque essa é a natureza delas", conclui.

A tese mais aceita pelos ginecologistas hoje é a de que a TPM é fruto de uma queda dos níveis hormonais. Ao se preparar para a menstruação, o corpo reduz a produção de estrogênio e progesterona, o que implica em redução na produção de serotonina e noradrenalina, neurotransmissores que controlam o humor. 







  
EXISTE, SIM

A compulsão por doces que as mulheres sentem nesse período é uma das provas de que TPM de fato existe, diz a ginecologista Carolina Ambrogini, da Unifesp: "O açúcar forma triptofano, substância que serve como substituto momentâneo da serotonina".

Segundo a médica, 80% das mulheres sofrem de algum sintoma no período pré-menstrual, como cólica e enxaqueca. Dessas, 40% têm alterações de humor.

"Existe muito exagero em torno da TPM. As mulheres não ficam descontroladas, a maioria tem uma mudança de humor muito sutil. Mas daí a negar a existência dessa condição já é demais", opina.

Para reduzir os efeitos no humor, a ginecologista recomenda que a mulher faça exercícios para produzir endorfina e durma menos: "Parece esquisito, mas a produção de melatonina, hormônio que regula o sono, usa serotonina. Dormir um pouco menos economiza serotonina". 

Música inédita dos Mamonas Assassinas será apresentada em 2013 Publicidade DE SÃO PAULO



O produtor musical Rick Bonadio gravou uma música inédita dos Mamonas Assassinas. A canção "Renato, o Gaúcho" será apresentada no reality show que Bonadio terá no canal pago Multishow, mostrando o dia a dia em seu estúdio. "Já nasci com 20 anos/ Com o peito cabeludo/ Mato qualquer um que rir/ Dos meus discos do Menudo", diz a letra. A atração estreia em março.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Imagem Viva do Dia!


Efeito do riso lembra o de exercício intenso

O riso é uma espécie de exercício físico? Essa pergunta está no centro de um estudo sobre o riso e a dor que salienta como nossos corpos e emoções podem estar entrelaçados.

Para o estudo, publicado na "Proceedings of the Royal Society B", pesquisadores da Universidade de Oxford recrutaram voluntários e tentaram fazê-los rir.

A maioria das pessoas pensa no riso como uma reação a algo engraçado, ou seja, como uma emoção. Mas o riso é fundamentalmente uma ação física.

"O riso envolve a exalação repetida e forçada de ar dos pulmões", diz Robin Dunbar, professor de psicologia evolutiva em Oxford, que chefiou o estudo.

"Os músculos do diafragma têm de trabalhar com força." Assim, o riso prolongado pode ser doloroso e exaustivo, como um exercício intenso.

Mas o riso provoca uma reação fisiológica semelhante à do exercício físico? Se sim, o que isso pode revelar sobre a natureza do esforço intenso?

Para descobrir, Dunbar e seus colegas fizeram os voluntários assistirem, tanto sozinhos quanto em grupo, a uma série de videoclipes que eram cômicos ou documentários factuais.

Antes disso, os voluntários se submeteram a testes que mediram seus limites de dor. Foi computado por quanto tempo eles conseguiam tolerar o aperto de um aparelho de pressão sanguínea ou o frio de um invólucro congelado.

A decisão de introduzir a dor deriva de um dos mais conhecidos efeitos do exercício intenso: ele faz o corpo liberar endorfinas.

As endorfinas são conhecidas por "seu papel crucial na administração da dor", escreveram os autores do estudo, e por induzir uma sensação de calma e bem-estar.

É difícil estudar diretamente a produção de endorfinas, já que grande parte da ação ocorre dentro do cérebro em funcionamento e exige uma punção lombar para ser monitorada, diz Dunbar. Por isso, ele e seus colegas recorreram aos limites de dor, um marcador indireto da produção de endorfina. Se o limite de dor de uma pessoa aumenta, ela deve estar com um alto nível de analgésicos naturais.

Nos experimentos do doutor Dunbar, os limites de dor aumentaram depois que as pessoas assistiram a vídeos engraçados, mas não depois que viram os documentários factuais.

A única diferença entre os dois experimentos foi que em um deles as pessoas riam, uma reação física que os cientistas quantificaram com monitores de áudio. Eles podiam ouvir os voluntários dando gargalhadas. Quando os músculos abdominais dos voluntários se contraíam, os níveis de endorfina aumentavam, e tanto seus limites de dor quanto sua sensação geral de prazer cresciam.

Em outras palavras, era o ato físico de rir que promovia, pelo menos em parte, o prazer de assistir à comédia.

Ou, como escreveram os autores do estudo, "a sensação aumentada nesse contexto provavelmente deriva do modo como o riso provoca a absorção de endorfina".

No estudo, as pessoas também riam com maior facilidade e gosto quando assistiam aos vídeos cômicos em grupo do que quando estavam sozinhas.

Também os limites de dor aumentavam mais depois das sessões em feitas em grupo.

Mas Dunbar diz que não espera que o riso forçado produza as mesmas sensações.

"Um riso forçado não envolve a série de exalações repetidas e desinibidas que são necessárias para produzir o efeito da endorfina", diz. Com o riso, assim como com o exercício, parece que realmente não há progresso sem um pouco de dor.